Atletismo – Museu Flamengo

Atletismo

Ano de fundação: 1919

Ulisses Malagutti
José Telles da Conceição
Erica Lopes, a Gazela Negra

Ulisses Malagutti

José Telles da Conceição

Erica Lopes, a Gazela Negra

Embora ausente das competições de atletismo desde 2001, o Flamengo tem muita história para contar no esporte. O clube começou a praticá-lo ainda na década de 1910. Inclusive, foi o Mengão quem propôs e sediou, na Rua Paysandu, o primeiro Campeonato Carioca de Atletismo, organizado pela Liga Metropolitana de Desportos Terrestres, em novembro de 1919.

Ao longo do século, o Flamengo se tornaria a casa de gigantes do esporte no país em várias modalidades, além de detentor de inúmeros títulos estaduais e nacionais em diversas categorias.

O primeiro nome lendário do atletismo rubro-negro foi o corredor Ulysses Malagutti, imbatível em seu tempo nos 100, 200, 400 e 1.500 metros e no revezamento 4×100 metros. Recordista sul-americano, foi o líder da equipe que venceria os títulos cariocas de 1920 e 1922 e o tetra em 1927, 1928, 1929 e 1930. Foi o mais perfeito atleta da década de 1920. Outros grandes nomes rubro-negros do período foram Carlos Woebcken, no arremesso de peso, Érico Falcão, no salto em altura, e os velocistas José Augusto Santos Silva (também nadador) e Iberê Reis.

Mas a grande Era de Ouro do atletismo do Flamengo foi a década de 1950, com 24 títulos em categorias diferentes, além de um penta carioca entre 1954 e 1958. Época em que brilhava sobretudo outra lenda rubro-negra: José Telles da Conceição, o “homem-equipe”, medalhista de bronze no salto em altura nos Jogos Olímpicos de Helsinque, em 1952, a primeira medalha do atletismo brasileiro em Olímpiadas. Ele também igualou o recorde mundial nos 100 metros rasos, em 1957. Outro nome excepcional da época era o fundista Sebastião “Tião” Mendes, imbatível nas corridas de longa distância entre 1952 e 1970.

Nas competições femininas, a maior atleta rubro-negra foi a velocista Érica Lopes, a “Gazela Negra”, eternizada nos versos da Estácio de Sá, até hoje entoados pela torcida, bicampeã carioca em 1960/61, recordista sul-americana e fundamental nas conquistas de duas edições do Troféu Brasil disputadas entre 1955 e 1961 e entre 1962 e 1965.

Outros destaques posteriores do Flamengo no atletismo foram Luís Carlos de Souza, que brilhou no salto em distância na década de 1970, e o maratonista Nivaldo Vieira Batista, o “Careca”, cria da favela da Rocinha que venceu as maratonas de Hamburgo (1989), Roma (1990), Long Beach (1992) e San José (1997), as duas últimas nos Estados Unidos.

Crédito das imagens: Revista Careta, Revista do  Esporte, Manchete