Mascotes – Museu Flamengo

DOIS MASCOTES, MUITA HISTÓRIA

O primeiro mascote do Flamengo veio de uma adaptação do cartunista argentino Lorenzo Molas, contratado pelo Jornal dos Sports em 1944. No cartum da edição de 2 de julho daquele ano, Molas apresentou o Flamengo como o marinheiro Popeye, personagem norte-americano muito popular no Brasil, conhecido por sair de situações difíceis graças a uma reserva de forças. Meses depois, o Flamengo chegou ao tricampeonato de modo heroico. Nas tiras de Molas, o Popeye havia se casado com a Miss Campeonato, deixando os concorrentes para trás. Assim, o marinheiro pé-quente caiu no gosto do povo.

Todavia, seria outro o mascote definitivo do Flamengo. Na década de 1960, era comum ouvir as outras torcidas chamarem os rubro-negros de urubus, em tom pejorativo. A história mudou no dia 1º de junho de 1969, quando um grupo de torcedores do Flamengo levou um urubu ao Maracanã e o soltou momentos antes da vitória frente ao Botafogo, por 2 a 1, com gols de Doval e Arilson. De ofensa preconceituosa dos adversários, o urubu foi apropriado e ressignificado pela Nação e, desde então, é símbolo da garra e da resistência que caracterizam o Clube de Regatas do Flamengo.