Padroeiro – Museu Flamengo

UM SANTO PARA CHAMAR DE NOSSO

“E acaba de chegar São Judas Tadeu…”. A frase proclamada pelo saudoso Apolinho, o Washington Rodrigues, ficou marcada na narração da conquista do tricampeonato estadual de 2001, logo antes da certeira, decisiva e inesquecível cobrança de falta de Petkovic. Mas a devoção ao santo começou quase 50 anos antes, quando o Flamengo entregou as faixas de campeão aos vencedores de outra edição do Campeonato Carioca, a de 1953. Um deles botou a faixa sobre a batina: Padre Góes, vigário da Igreja de São Judas Tadeu, que havia celebrado uma missa na Gávea antes do campeonato, dizendo que o Clube seria campeão se todos acendessem velas e rezassem para o santo. Dito e feito.

Em 1953, os dirigentes Gilberto Cardoso e Fadel Fadel foram à Igreja de São Judas Tadeu, no Cosme Velho. Recepcionados pelo Padre Góes, compraram medalhinhas e imagens do santo. Depois, Padre Góes esteve com os jogadores e disse em sermão: “O Flamengo é uma força e é preciso aproveitar esse poderio que está em potencial. Quando entrei nesta casa senti, desde logo, que estava entre amigos. Percebo que vocês formam uma família muito grande e muito unida. E asseguro que o título está ao alcance de vocês todos, desde que a fé nunca os abandone…”.  Os jogadores passaram a frequentar o Santuário e Padre Góes foi presença assídua nos estádios, além de rezar missas com o Manto Sagrado sob a batina. O Flamengo não venceu apenas o campeonato de 1953, mas também os dois seguintes. Um tricampeonato de raça e fé. Em dezembro de 1957, a imagem do santo foi entronizada solenemente na Gávea, por Padre Góes. Pedimos sua bênção, São Judas Tadeu!